Este artigo é editado por Giovanni Minisola, Presidente Emérito da Sociedade Italiana de Reumatologia
Na Itália, pelo menos 2 milhões de pessoas sofrem com isso, principalmente mulheres. A fibromialgia se manifesta como dor generalizada nos músculos, articulações e ossos. Seus sintomas podem sugerir doença articular. Na verdade, a fibromialgia não tem nada a ver com artrite e não causa deformidades nos punhos, cotovelos, joelhos, dedos ou tornozelos.
A dor associada à fibromialgia é tão intensa que muitas vezes quem sofre da doença sente que carrega um fardo insuportável sobre si. Daí a definição de doença de Atlas, nome do mitológico gigante grego rebelde contra Zeus, que foi condenado a carregar o mundo nas costas.
Os sintomas que caracterizam a doença são:
- dor generalizada;
- distúrbios do sono;
- dor de cabeça;
- fadiga;
- rigidez articular;
- intestino irritável;
- formigamento;
- distúrbios menstruais;
- sensação de inchaço nas mãos;
- ansiedade.
Muitas vezes, pessoas com fibromialgia também apresentam problemas psicológicos, que envolvem a esfera afetiva, e alterações de humor.
Quem, assim como o fibromiálgico, convive com a dor crônica pode se sentir mais facilmente deprimido pela persistência dos sintomas e pela dificuldade em lidar com eles.
Em pacientes com fibromialgia, o limiar de dor é reduzido devido ao comprometimento da transmissão e percepção de estímulos dolorosos no sistema nervoso central.
A fibromialgia às vezes é diagnosticada tardiamente e com dificuldade porque os sintomas são genéricos e muitas vezes semelhantes aos de outras doenças, não apenas de natureza reumática.
Existem muitos fatores diferentes que podem desencadear a fibromialgia em um indivíduo predisposto: entre eles eventos estressantes, doenças, fadiga excessiva do corpo e da mente, microtraumas repetidos nos músculos.
É o reumatologista especialista, com a indispensável colaboração do médico de família, quem estabelece o “plano de tratamento” mais adequado a cada pessoa.
Muitas vezes, é necessária uma abordagem global para tratar a fibromialgia, envolvendo vários profissionais: primeiro o reumatologista, mas também o terapeuta de reabilitação, o neuropsiquiatra e o psicólogo.
No caso da fibromialgia, muitas vezes são prescritos medicamentos que reduzem a dor e melhoram a qualidade do sono, mas nem sempre com sucesso.
Medicamentos que se mostraram mais eficazes ao longo dos anos no tratamento da fibromialgia são antidepressivos, relaxantes musculares e anticonvulsivantes. A cortisona é contra-indicada.
Os programas de exercícios são frequentemente combinados com medicamentos para relaxar e reduzir a tensão muscular.
É sempre bom evitar a umidade e realizar atividades aeróbicas regulares com baixo ou nenhum impacto
A atividade física costuma ser associada à terapia cognitivo-comportamental que ajuda o paciente a conviver com a doença, compreendê-la e aceitá-la.
Em todos os casos, uma boa relação médico-paciente é essencial.
As respostas às perguntas são gerais e indicativas. Para um parecer detalhado, recomendamos sempre que consulte o seu médico de família que conheça o quadro clínico geral do doente.